Pessoas que trabalham com pessoas: este é o dia a dia da APAE de Jundiaí e agora também é o foco da Campanha de Marketing para 2021. “Ser Resiliente é a Nossa Cara” é o tema da campanha desenvolvida pela DMG&A que vai apresentar, evidenciar e reconhecer o trabalho, comprometimento e a força das pessoas que trabalham, atendem, orientam, ouvem, conversam, brincam, riem e choram com os assistidos e suas famílias.
Esta semana, conversamos com a assistente social Mariana Caroline da Silva Pinto, a Mari. Ela tem 25 anos, solteira e trabalha há um ano com a gente. “Entrei em março de 2020, trabalhei apenas uma semana e logo veio a pandemia e todo mundo entrou em férias”, conta, destacando que trabalha no PAF (Programa de Apoio às Famílias), um dos programas que acompanha bem de perto a realidade das famílias assistidas, das crianças e jovens atendidos na APAE de Jundiaí.
“Meu dia a dia é atuar no enfrentamento da vulnerabilidade social, enfrento com as famílias suas dificuldades, a violação de direitos, negligência, abuso e até violência. A família me traz o relato e saio em sua defesa junto aos órgãos públicos”, explica. “Por isso foi tão difícil atuar à distância: ninguém me conhecia, havia entrado há pouco tempo. Mas fui, aos poucos, conquistando a confiança de cada família, estabelecendo um vínculo que, mesmo sendo por telefone, tem trazido resultados. Muitas famílias não têm acesso à tecnologia e isso também é um fator que dificulta o nosso trabalho”, destaca.
O teleatendimento foi a solução encontrada pela APAE para manter os usuários e suas famílias assistidos. “O teleatendimento foi o meu maior desafio e não só para mim, como para a grande maioria aqui e acredito que ainda não estamos totalmente adaptados, pois, cada dia é diferente do outro. Sabemos da importância desse contato, mesmo à distância, e com empatia estamos fazendo o nosso melhor: superando a cada dia pois temos que manter o foco no outro. E, mesmo enfrentando algumas dificuldades no início, o vínculo foi estabelecido e é esse vínculo que me permite auxiliá-los. Saber que podemos mudar a vida das pessoas é uma sensação fantástica e motivadora”, comenta, lembrando que sempre se emociona com os relatos das mães. “Uma vez, depois de agradecer muito, uma mãe me disse: ‘eu sei que é seu trabalho, mas você foi além e fez mais’, ouvir isso é maravilhoso, me mostra que estou no caminho certo, transformando vidas”, completa.
Para Mari, o profissional de Assistência Social tem o papel de educar as famílias, um trabalho de orientação que dá autonomia. “As famílias entendem que os serviços que são oferecidos na APAE e em outros órgãos não é um favor, é um direito que elas têm. Meu trabalho dá autonomia para essas mães: elas precisam se reconhecer enquanto cidadãs seja na APAE ou em qualquer lugar”, defende, destacando que seu trabalho tem como foco a defesa intransigente dos direitos de cada família usuária dos serviços e programas que a APAE oferece. “Sou a briguenta da APAE, no bom sentido da palavra. Brigo pelos nossos usuários e suas famílias e vou até o fim: até ver a sua demanda atendida”, frisa.
E, depois das ‘brigas’, vem a satisfação que é a mola propulsora do seu dia a dia. “Minha motivação vem dos resultados dos atendimentos: a segurança de renda das famílias, por exemplo, faz muita diferença na vida destas pessoas e isso me deixa muito feliz”, explica. Empática, ela garante que trabalha em todos os atendimentos com o mesmo pique, ânimo e animação. “Não podemos tratar nossos usuários apenas como número: são pessoas que tem que ter seus direitos garantidos. A base do meu trabalho é a empatia, essa preocupação com o bem-estar do outro: hoje estou me superando no teleatendimento, na abordagem na criação do vínculo, que é tão importante no meu dia a dia”, reforça.
Mari acredita que a APAE é feita de pessoas que têm muito amor pelo que fazem e atendem sempre com muita atenção e cuidado. “Somos resilientes, com certeza! O amor, o cuidado e a confiança que transmitimos refletem diretamente na melhora da qualidade de vida de cada um: aqui, criamos vínculos muito fortes com todos. É muito legal trabalhar num lugar em que todos têm o mesmo comprometimento e estou muito feliz em poder contribuir”, explica.