Nesse mês de julho, a APAE de Jundiaí participou do sorteio da Nota Fiscal Paulista (NFP) com quase 9 mil cupons e foi sorteada com R$ 100 mil. Muito legal, não é mesmo? Mas você sabe como todos esses cupons foram parar lá? Com o trabalho da Maria Alice de Moura Pareja e seus 39 voluntários que trabalham no cadastramento dos cupons fiscais no site da NFP.
O setor da Nota Fiscal Paulista dentro da APAE existia desde 2009, mas precisava de melhorias. Foi quando Alice chegou há mais de três anos e começou a reorganizá-lo. Ela entendeu a importância, abraçou a causa, atraiu novos voluntários, aumentou os pontos de arrecadação de notas e, com muita garra conseguiu estruturá-lo. “Comecei a trabalhar e organizar o setor em 2018 e, em 2019, já fomos sorteados pela primeira vez com R$ 100 mil”, lembra.
Como você pôde perceber, o trabalho de Alice não está diretamente ligado ao atendimento dos usuários e suas famílias, mas sem ele os atendimentos, certamente, seriam prejudicados. É ela quem cuida dos 39 voluntários da APAE que trabalham com o cadastramento dos cupons fiscais. “Tenho uma equipe muito bacana, focada e comprometida com o trabalho porque têm consciência sobre a importância daquilo que fazem”, defende.
Alice explicou que para participar com 1 cupom no sorteio, é preciso cadastrar R$ 100,00 em notas ficais. “Para participar deste sorteio, nós cadastramos 250 mil notas que deram direito a quase 9 mil cupons: tudo cadastrado pelos nossos voluntários. Eles passam na APAE, retiram as notas fiscais, levam para casa e devolvem quando já realizaram o serviço”, explica.
A pandemia não impactou a sua área e a organização dos voluntários foi fundamental para que tudo desse certo. “Eles se organizaram muito para ajudar. Eles entenderam que as dificuldades que estávamos enfrentando com a pandemia não deveria atrapalhar o trabalho. Eles estavam sempre atentos para encontrar novas formas de ajudar”, explica. A pandemia trouxe o teleatendimento para todos os departamentos da APAE e não foi diferente com os voluntários. “Nós conseguimos nos adaptar e tem sido bastante produtiva a comunicação com eles através do grupo”, completa.
Para Alice, trabalhar na APAE dá ao colaborador uma nova visão de vida profissional. “Não trabalho diretamente com os usuários, mas sei que meu trabalho afeta diretamente a vida deles e é por isso que me dedico tanto a fazer o meu melhor, por eles, pela APAE e por mim, essa satisfação de dar o meu máximo, não tem preço”, reforça.
Mas engana-se quem pensa que a Alice trabalha só com os voluntários da NFP. Na APAE, dois dias por semana, ela se dedica ao Bazar Permanente atendendo o público que vai para comprar ou para doar. “A pandemia afetou bastante a captação de recursos. As doações diminuíram tanto de empresas, quanto no bazar e foi num momento em que as famílias mais precisavam. Vivemos um período assustador e até hoje assusta, mas temos que nos cuidar e pensar que o que fazemos é por um propósito maior: não posso parar, tenho que fazer o meu melhor porque o meu melhor vai beneficiar muitas pessoas”, avalia.
Apesar de acompanhar pouco o dia a dia dos atendimentos, Alice sabe que todos estão se dedicando. “A resiliência é o mais novo e mais forte sentimento de todos nós. “Quando passo pelos corredores, vejo professores se dedicando em gravar vídeos, montando atividades que serão encaminhadas para as famílias, fico feliz em perceber que todos aqui, sem exceção fazem o melhor que podem. E os pais enxergam isso, reconhecem o esforço. É muito bom ver a gratidão das mães que entram em nosso bazar. Sempre recebo feedbacks positivos com os progressos de seus filhos e levo tudo isso para eles, porque sei que a gratidão é o melhor combustível para continuarmos fazendo o nosso melhor”