Este ano, a APAE vai apresentar, com a campanha desenvolvida pela DMG&A, quem são as pessoas que atuam no dia a dia da organização. “Vamos, ao longo do ano, mostrar quem são as pessoas fortes e resilientes que estão por trás de cada atendimento, dos progressos de cada usuário e do sorriso estampado no rosto dos pais e responsáveis orgulhosos”, destaca a diretora, convidando para visitar a organização. “Venha conhecer a APAE de Jundiaí. Nossas portas estão sempre abertas, porque entendemos que a transparência é nossa grande aliada no cuidado de nossos usuários e suas famílias”, convida.
Esta semana, a APAE de Jundiaí conversou com a fisioterapeuta Adriana Polli Vertuan, 27 anos, casada e que está com a gente desde 2016. Ela atende todos os programas da Saúde e da Educação, trabalhando com crianças e jovens de zero a 29 anos. Neste novo normal do seu dia a dia, Adriana sentiu mais dificuldade em levar a terapia para dentro das casas. “Tentamos deixar a terapia como uma gostosa brincadeira e que atendesse tudo que a gente tinha como objetivo com a atividade”, explica.
Para Adriana, todas as dificuldades com o tele atendimento foram superadas com a ajuda dos familiares. Mas, quando os atendimentos presenciais voltaram, vieram novos desafios. “O jaleco branco assusta e eles não nos reconheciam no atendimento presencial. Os pacientes não queriam entrar na sala de atendimento e, para driblar esta resistência nos pacientes, a gente conversava, conversava, até eles me reconhecerem pela voz e nesta fase, os pais também foram muito importantes: eles participaram ativamente nesta fase de adaptação”, conta.
A fisioterapia trabalha, essencialmente, com as mãos e, com as orientações de segurança, a família tem sido a grande aliada deste novo momento. “Conseguimos trazer, definitivamente, a família para dentro da terapia. Os pais que conseguiram estimular os filhos em casa tiveram melhores resultados. O nosso trabalho tem sido conjunto e essa foi a nossa maior conquista: a família compreendeu que está inserida no processo e, principalmente, que é capaz. A família conseguiu enxergar que são importantes para o tratamento”, comemora.
Adriana reforçou ainda que a superação dos profissionais veio com estudos e pesquisas. “Tivemos que nos adaptar aos tele atendimentos, pesquisando para encontrar atividades e exercícios que funcionassem para cada um dos pacientes. Cada um é um e o atendimento tem que ser personalizado”, defende. Mas o resultado do atendimento traz a satisfação que a motiva para continuar fazendo o seu melhor. “Eles me mantêm motivada: sei que se eu não fizer, se eu não orientar, eles não vão conseguir se tornar pessoas mais independentes”, conta, emocionada. “É muito bom ver o progresso de cada um: nosso trabalho é de formiguinha e os pequenos progressos são supervalorizados e é assim que tem que ser. Lidamos com metas diárias e os olhos no futuro: e entender isso faz toda a diferença na vida de cada um, tornando o nosso trabalho mais fácil”, explica.
“Por isso que ser resiliente é a nossa cara”, defende Adriana. “Descobrimos que todos temos a capacidade de melhorar, de encarar a dificuldade e melhorar e de se adaptar. Essa é a nossa maior característica: descobrimos que somos capazes de encontrar novas estratégias para superar todos os obstáculos e superamos. Não tem sido fácil, é uma luta diária, mas estamos alcançando muitas vitórias, vitórias diárias”, completa.